São Paulo e Rio de Janeiro: Hotel Novo Mundo.
Cenas da literatura V
Na blogagem coletiva proposta para a próxima sexta-feira (23/07), pretendo escrever sobre o Hotel Novo Mundo, de Ivana Arruda Leite. Antes disso, adianto um parágrafo do livro que precisa fazer parte da seção "Cenas da literatura", já há muito abandonada aqui no blog. Não se trata, contudo, da descrição de nenhuma cena. São observações preciosas! Vejam:
"Andar no Rio de Janeiro pela manhã, com essa luz, com esse sol, vendo o mar e essa paisagem deslumbrante chega a me dar raiva. Esta cidade é uma aberração. Não há como fazer jus a este cenário. Ninguém aguenta a responsabilidade de viver num lugar tão lindo. Em São Paulo, você pode ser infeliz à vontade. A sua miséria se junta à miséria da cidade e vira tudo uma coisa só. Vive-se com mais naturalidade. São Paulo deixa você ser quem você é. O Rio é uma cidade para semideuses" (LEITE, Ivana Arruda. Hotel Novo Mundo. São Paulo: Editora 34, 2009, p. 108-109)
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