CARVA E A POLÍTICA
A primeira dessas maracutaias se deu
justamente com o Gênova. O italiano decidiu bancar a campanha política do Senador
e, de quebra, ainda escorregou uma bolada para os membros do partido. Em troca
disso, o óbvio: o esquema que alimentou a corrupção republicana nos últimos
anos voltou à tona. Ou seja, a empreiteira do Gênova ganhava, sem esforço, as
mais importantes licitações de obras públicas Brasil afora. Todo mundo se dava
bem: a empreiteira lucrava, José Décio e seu partido ganhavam um bom dinheiro e
se mantinham dentro da máquina estatal. Por fim, o Carva, além de prestígio, ganhava
uma porcentagem de cada certame fraudado.
Quando conheceu o governador do nosso
Estado, Carva deu um jeito de inseri-lo na jogada. Com um jantar simples, tramado
nas conjuras da política estadual, conseguiu fazê-lo se filiar ao partido do José
Décio. Depois, apresentou-o ao Gênova. Resumindo a ópera, Gênova, José Décio e o
governador tinham o domínio da maior parte das obras públicas estaduais e
federais.
Carva estava tranquilo e não tinha
ideia da vingança tramada pelo Léo. Tudo era questão de tempo.
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