Foi ontem a entrega dos prêmios da 50ª edição do Jabuti. A TV Cultura transmitiu a cerimônia da Sala São Paulo pela internet. A iniciativa merece os mais altos elogios. Quem sabe na próxima edição teremos a transmissão para a TV?
Como disse no post passado, lamentavelmente ando sem tempo para a literatura. Não li, portanto, nenhum dos livros finalistas. Acompanhei as indicações e bati os olhos em alguns trechos do Antônio, de Beatriz Bracher, terceira colocada na categoria Romance.
O primeiro lugar ficou com Filho Eterno, do Cristovão Tezza, livro, aliás, premiado no Portugal/Brasil Telecom e em outros tantos concursos. Parecia haver vozes uníssonas de que Tezza levaria também o prêmio de "Livro do ano de ficção" do Jabuti. Não levou!
Quando Cunha Jr anunciou que Loyola Brandão era o premiado com O menino que vendia palavras, a platéia manifestou largo contentamento. Loyola subiu ao palco para os agradecimentos.
Disse que levou um susto, porque supunha, a exemplo de todos, que o Filho Eterno ficaria com o prêmio. Iniciou, então, um pequeno discurso.
Falou que tem o prazer de, após seus setenta e poucos anos, conviver ainda com as duas professoras que o iniciaram na leitura. Elas estão vivas, lá em Araraquara. Contou que, recentemente, numa homenagem feita a ele, uma delas indagou à outra:
- Quantos livros o menino já escreveu?
- 31!
- Ihhhh.... Acho que não vou conseguir ler tudo. Minha vista já não está boa!
O prêmio foi dedicado a elas, é claro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário