A Rocinha está dominada. O Vidigal também. É o que dizem os meios de comunicação de massa sobre a ocupação dessas favelas pelas chamadas forças de pacificação policiais.
Ontem, 13/11, quase um ano depois de haver a ocupação do Morro do Alemão e da Favela do Cruzeiro, as forças policiais subiram a Rocinha, o Vidigal e a Chácara do Céu sem nenhuma resistência. A operação parece ter sido bem organizada. Nenhum tiro, dizem, foi disparado. Tudo teria começado na madrugada do domingo quando, como se sabe, o fator surpresa poderia ser fundamental para o êxito do intento. Nesse caso, contudo, inexistiu surpresa. O Brasil foi informado, aos quatro ventos, que haveria a ocupação. E houve.
Como no ano passado, a mídia mostrou o amplo apoio da população favelada à empreitada policial. Moradores legitimaram a postura da polícia e a auxiliaram prestando informações sobre o paradeiro de eventuais traficantes, líderes do tráfico e comparsas de toda sorte. Certamente foi um dia histórico para o combate ao narcotráfico. Bandeiras do Brasil foram hasteadas no cume dos morros para mostrar a conquista do território. Nacionalismos à parte, é razoável contar com o impacto simbólico de determinadas conquistas.
A exemplo do que disse aqui em 16/04 (Impressões tardias sobre a guerra no Rio), assinalo que a mera organização e a vontade política dos governantes cariocas foram capazes de arrostar, com inconteste eficácia, a pujança do narcotráfico. Ao contrário do que muitos autores postularam em seus ensaios – entre os quais incluo meu Direito Informal e Criminalidade – a legitimidade dos grandes traficantes está cedendo espaço para a legitimidade das ações policiais.
Não nos esqueçamos, todavia, de que a iniciativa do governo carioca contra o narcotráfico deverá ser permanentemente acompanhada, sob pena de possibilitar a retomada das antigas estruturas de poder que dominaram os morros. Ainda não estou disposto a acreditar que as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) terão sucesso se o Estado brasileiro continuar a se omitir.
Seja como for, passos importantes já foram dados. A caminhada ainda é longa. Vamos em frente.
"Modelando o artista ao seu feitio/ O tempo, com seu lápis impreciso/ Põe-lhe rugas ao redor da boca/ Como contrapesos de um sorriso. "Tempo e artista" - Chico Buarque/1993
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Me diz, me diz, me responde por favor....
Perdoem-me pela burrice. Já até pensei em contatar uma ambientalista amiga para esclarecer....
Há enorme receio da humanidade de que, em pouco tempo, o planeta Terra fique sem água. Não é de hoje que há uma grande campanha para reduzir seu consumo em nível global.
Ao mesmo tempo, fala-se em reciclagem de materiais não orgânicos, ou seja, reciclar o lixo. Para isso, precisamos de água, certo? No meu prédio, há uma orientação de que, para reciclar embalagens plásticas, devemos lavá-las. A limpeza de cada embalagem exige uma determinada quantidade de água a ser gasta.
Então, como fica? Economizo a água ou colaboro para a reciclagem do lixo?
Como diria o Chico: “me responde por favor, pra que tudo começou, quando tudo acaba” (Almanaque)
Há enorme receio da humanidade de que, em pouco tempo, o planeta Terra fique sem água. Não é de hoje que há uma grande campanha para reduzir seu consumo em nível global.
Ao mesmo tempo, fala-se em reciclagem de materiais não orgânicos, ou seja, reciclar o lixo. Para isso, precisamos de água, certo? No meu prédio, há uma orientação de que, para reciclar embalagens plásticas, devemos lavá-las. A limpeza de cada embalagem exige uma determinada quantidade de água a ser gasta.
Então, como fica? Economizo a água ou colaboro para a reciclagem do lixo?
Como diria o Chico: “me responde por favor, pra que tudo começou, quando tudo acaba” (Almanaque)
sábado, 15 de outubro de 2011
Mistério na zona sul no blog da Hedra
Eis aqui o link para o Blog da Editora Hedra e os comentários sobre os lançamentos literários. "Mistério na zona sul" está lá.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Mistério na zona sul já saiu!
Mistério na zona sul já está disponível para venda no site da Editora Hedra , com frete grátis. Logo mais, chegará às mega stores.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Mistério na zona sul
Mistério na zona sul - Roberto Barbato Jr
Ilustrações de Otávio Zani
Editora Hedra
"Um envelope é deixado no saguão do jornal “A gazeta”. Dentro dele, uma denúncia anônima refere-se a um orfanato do outro lado da cidade, a crianças e trabalho forçado. Plínio, Giulia e Tonico são três jovens jornalistas que se veem envolvidos na investigação de um crime contra crianças. Para obter informações, precisam assumir identidades falsas, se aventurar em locais pouco frequentados na cidade e recorrer a outros expedientes, como a pesquisa de arquivos e a colaboração de um delegado e até mesmo do garçom da padaria que frequentavam. Aos poucos os três descobrirão que aquilo que inicialmente parecia uma denúncia falsa escondia um crime escabroso. Já não dava mais para recuar. E os três amigos terão de enfrentar as consequências de sua bisbilhotice investigativa até que consigam desvendar o mistério que ronda a Paróquia Santa Isabel, ou se tornar parte dele..."
Depois das dicas, a revelação. Essa aí em cima é a sinopse do meu novo livro, Mistério na zona sul. É um romance infantojuvenil que, com seu suspense, espero agradar também aos adultos.
Logo mais nas livrarias!
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Meu novo livro: dica 06
Sim, a arte específica aludida no post de ontem é, como muitos já deduziram, a literatura. Ok, é um texto literário. Mas, atenção: não é um livro de poemas, nem de trovas, nem de haicais, nem de minicontos, nem de contos. Preciso ser mais explícito?
A respeito do público alvo, basta dizer que autores como Marcos Rey, Ana Maria Machado, João Carlos Marinho Silva, Edith Modesto, Índigo, Ivana Arruda Leite, Andréa Del Fuego e outros encantaram uma faixa etária específica. A ela é dirigido meu livro. Todavia, conforme já disse, isso não significa que os adultos não possam se interessar por ele. A narrativa e o tema, espero, serão capazes fisgá-los. Espero mesmo....
Já está combinado: amanhã, farei a divulgação da capa, da sipnose, da editora, etc.
A respeito do público alvo, basta dizer que autores como Marcos Rey, Ana Maria Machado, João Carlos Marinho Silva, Edith Modesto, Índigo, Ivana Arruda Leite, Andréa Del Fuego e outros encantaram uma faixa etária específica. A ela é dirigido meu livro. Todavia, conforme já disse, isso não significa que os adultos não possam se interessar por ele. A narrativa e o tema, espero, serão capazes fisgá-los. Espero mesmo....
Já está combinado: amanhã, farei a divulgação da capa, da sipnose, da editora, etc.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Meu novo livro: dica 05
Recapitulando dicas já dadas: o livro não é técnico, nem acadêmico, nem científico. Também não é uma biografia e tampouco uma autobiografia. Muito menos um livro de autoajuda. Trata-se de um material impresso e não digital (ao menos por enquanto).
A dica de hoje é que o texto do livro pertence ao vastíssimo universo das artes. Isso não quer dizer que seja um livro sobre artes plásticas, música, cinema ou literatura. O texto é, em si mesmo, algo que poderíamos qualificar genericamente de "arte".
Por fim, essa arte é específica e poderá ser fruída sobretudo por uma determinada faixa etária, embora eu acredite que, pela trama e pelo tema, despertará também atenção de outras faixas etárias.
Amanhã tem a última dica!
A dica de hoje é que o texto do livro pertence ao vastíssimo universo das artes. Isso não quer dizer que seja um livro sobre artes plásticas, música, cinema ou literatura. O texto é, em si mesmo, algo que poderíamos qualificar genericamente de "arte".
Por fim, essa arte é específica e poderá ser fruída sobretudo por uma determinada faixa etária, embora eu acredite que, pela trama e pelo tema, despertará também atenção de outras faixas etárias.
Amanhã tem a última dica!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Meu novo livro: dica 04
É um livro impresso. No papel, claro. Isso não significa que ele não possa, futuramente, ser comercializado em formato digital. Aliás, existe até mesmo cláusula contratual para que isso seja feito, se conveniente.
Não tenho nada contra livros digitais, mas considero o livro impresso insubstituível. Nada elimina o prazer de deitar na cama, abrir e ler o livro. Virar páginas, ler a orelha. Melhor ainda: procurar na livraria o título desejado, comprá-lo e iniciar a leitura antes mesmo de voltar para casa, de preferência tomando um café.
Ok, os livros digitais poderão ser salvos nos tablets e também poderão ser levados para a cama. Sim, eles brilham no escuro, são lúdicos e fascinam a molecada. Quantos argumentos mais seriam necessários para desqualificar o prazer de degustar o livro no papel? Sei lá.... De todo modo, sempre haverá a dependência do carregamento da bateria e aquele insuportável manuseio em touch screen. É possível que percamos mais tempo mexendo no gerenciador do tablet do que apreciando a leitura.
Até agora meus livros estiveram no papel. Esse não será diferente.
Amanhã, prometo, as dicas serão melhores....
Não tenho nada contra livros digitais, mas considero o livro impresso insubstituível. Nada elimina o prazer de deitar na cama, abrir e ler o livro. Virar páginas, ler a orelha. Melhor ainda: procurar na livraria o título desejado, comprá-lo e iniciar a leitura antes mesmo de voltar para casa, de preferência tomando um café.
Ok, os livros digitais poderão ser salvos nos tablets e também poderão ser levados para a cama. Sim, eles brilham no escuro, são lúdicos e fascinam a molecada. Quantos argumentos mais seriam necessários para desqualificar o prazer de degustar o livro no papel? Sei lá.... De todo modo, sempre haverá a dependência do carregamento da bateria e aquele insuportável manuseio em touch screen. É possível que percamos mais tempo mexendo no gerenciador do tablet do que apreciando a leitura.
Até agora meus livros estiveram no papel. Esse não será diferente.
Amanhã, prometo, as dicas serão melhores....
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Meu novo livro: dica 03
Tenham certeza: não é um livro de autoajuda. Como eu poderia escrever um livro para ajudar a alguém se, em relação a mim mesmo, quase não tenho êxito? Não sei se isso é condição para produzir algo no ramo. Lembro-me, todavia, que, numa antiga entrevista, Maria Gabriela perguntou a um desses autores famosos quantas vezes ele se casou. A resposta foi: quatro vezes. O livro que o sujeito acabava de lançar naquela época era sobre como manter um casamento feliz. A gargalhada da Gabi só não existiu porque ela é muito profissional.
Se um dia fosse escrever um livro com essa intenção, plagiaria o título do personagem de Patrícia Melo em seu Elogio da Mentira. José Guber deixou de escrever livros policiais para produzir algo no campo da autoajuda. Seu primeiro título foi: “Dê uma mão a si mesmo”. Fantástico, não? O título fala por si e garante o sucesso da obra, por mais imbecil que ela seja. Se não me engano, o protagonista de Mário, que Mário?, de Nelito Fernandes, também se aventura, como autor desconhecido, no ramo da autoajuda.
Tenho certeza de que o mercado editorial da autoajuda é muito competitivo e promissor. Acredito, aliás, que já superou o mercado dos livros jurídicos e espíritas. Mesmo assim, eu, pelo menos por enquanto, estou fora.
Amanhã tem mais!
Se um dia fosse escrever um livro com essa intenção, plagiaria o título do personagem de Patrícia Melo em seu Elogio da Mentira. José Guber deixou de escrever livros policiais para produzir algo no campo da autoajuda. Seu primeiro título foi: “Dê uma mão a si mesmo”. Fantástico, não? O título fala por si e garante o sucesso da obra, por mais imbecil que ela seja. Se não me engano, o protagonista de Mário, que Mário?, de Nelito Fernandes, também se aventura, como autor desconhecido, no ramo da autoajuda.
Tenho certeza de que o mercado editorial da autoajuda é muito competitivo e promissor. Acredito, aliás, que já superou o mercado dos livros jurídicos e espíritas. Mesmo assim, eu, pelo menos por enquanto, estou fora.
Amanhã tem mais!
domingo, 18 de setembro de 2011
Meu novo livro: dica 02
Não, não é uma biografia. Mesmo que tivesse vontade, não teria disposição alguma para fazer pesquisa a ponto de escrever sobre a vida de alguém. Além do mais, acho que biografias são um pouco enfadonhas. Eu, por exemplo, só li a biografia do Tom Jobim, escrito por sua irmã, Helena. Depois, ganhei a biografia do Tom escrita pelo Sérgio Cabral, que me pareceu fabulosa. Mesmo essa, que cobicei durante longo tempo, não consegui terminar. A leitura não fluía.... Recentemente, ganhei um livro de uma grande amiga e, como já o tinha, resolvi trocar pela biografia do Lobão. O livro está na estante até hoje, não passei da página cinquenta.... Ok, imagino que as trabalhos biográficos do Ruy Castro sejam magníficos, mas....
O tio Harlan bem que merecia uma biografia. Ele tem uma rica trajetória pessoal, ninguém duvide. É algo a se pensar para o futuro. Todavia, por ora, os interessados podem se contentar com os cinco contos que estão aí do lado, na seção “Contos e outras ficções”.
Prometi apenas uma dica por dia. Como hoje estou generoso (ah, ah, ah!), darei uma segunda dica: também não é uma autobiografia (ohhhhhhhhhhhh!). É claro que não. O que um sujeito como eu teria para contar em menos de quarenta anos? Tudo bem: Noel Rosa, Joplin, Hendrix, Cazuza, Renato Russo e Cássia Eller morreram antes dos quarenta e tinham muito o que dividir com o mundo. Longe está de ser meu caso. A minha história, exceto por uma circunstância específica, seria incapaz de suscitar a curiosidade de alguém. Ou seja, eu não teria absolutamente nada interessante que pudesse vir a público em formato de livro. É bem verdade que todos nós, de uma forma ou de outra, sempre temos algo para relatar, muito embora concorde com a opinião do irascível Diogo Maynardi: a maioria das pessoas tem uma história de vida infame.
Por hoje chega. Amanhã tem mais....
O tio Harlan bem que merecia uma biografia. Ele tem uma rica trajetória pessoal, ninguém duvide. É algo a se pensar para o futuro. Todavia, por ora, os interessados podem se contentar com os cinco contos que estão aí do lado, na seção “Contos e outras ficções”.
Prometi apenas uma dica por dia. Como hoje estou generoso (ah, ah, ah!), darei uma segunda dica: também não é uma autobiografia (ohhhhhhhhhhhh!). É claro que não. O que um sujeito como eu teria para contar em menos de quarenta anos? Tudo bem: Noel Rosa, Joplin, Hendrix, Cazuza, Renato Russo e Cássia Eller morreram antes dos quarenta e tinham muito o que dividir com o mundo. Longe está de ser meu caso. A minha história, exceto por uma circunstância específica, seria incapaz de suscitar a curiosidade de alguém. Ou seja, eu não teria absolutamente nada interessante que pudesse vir a público em formato de livro. É bem verdade que todos nós, de uma forma ou de outra, sempre temos algo para relatar, muito embora concorde com a opinião do irascível Diogo Maynardi: a maioria das pessoas tem uma história de vida infame.
Por hoje chega. Amanhã tem mais....
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